"...Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança.
De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada.
Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
ENLOU-CRESÇA. "
(Carlos Drummond de Andrade)
É irônico o que se pode fazer por muitas pessoas, e não conseguimos fazer absolutamente nada por uma só..
2 de mai. de 2002
Belissima pag com poemas do Fernando Pessoa e outros.
Ah ! A Angústia, A Raiva Vil, o Desespero
AH! A ANGÚSTIA, a raiva vil, o desespero
De não poder confessar
Num tom de grito, num último grito austero
Meu coração a sangrar!
Falo, e as palavras que digo são um som Sofro, e sou eu.
Ah! Arrancar à música o segredo do tom
Do grito seu!
Ah! Fúria de a dor nem ter sorte em gritar,
De o grito não ter
Alcance maior que o silêncio, que volta, do ar
Na noite sem ser!
Fernando Pessoa
Ah ! A Angústia, A Raiva Vil, o Desespero
AH! A ANGÚSTIA, a raiva vil, o desespero
De não poder confessar
Num tom de grito, num último grito austero
Meu coração a sangrar!
Falo, e as palavras que digo são um som Sofro, e sou eu.
Ah! Arrancar à música o segredo do tom
Do grito seu!
Ah! Fúria de a dor nem ter sorte em gritar,
De o grito não ter
Alcance maior que o silêncio, que volta, do ar
Na noite sem ser!

Fernando Pessoa
SONETO
Lábios que encontram outros lábios
num meio de caminho, como peregrinos
interrompendo a devoção, nem pobres
nem sábios numa embriaguez sem vinho:
que silêncio os entontece quando
de súbito se tocam e, cegos ainda,
procuram a saída que o olhar esquece
num murmúrio de vagos segredos?
É de tarde, na melancolia turva
dos poentes, ouvindo um tocar de sinos
escorrer sob o azul dos céus quentes,
que essa imagem desce de agosto, ou
setembro, e se enrola sem desgosto
no chão obscuro desse amor que lembro.
Lábios que encontram outros lábios
num meio de caminho, como peregrinos
interrompendo a devoção, nem pobres
nem sábios numa embriaguez sem vinho:
que silêncio os entontece quando
de súbito se tocam e, cegos ainda,
procuram a saída que o olhar esquece
num murmúrio de vagos segredos?
É de tarde, na melancolia turva
dos poentes, ouvindo um tocar de sinos
escorrer sob o azul dos céus quentes,
que essa imagem desce de agosto, ou
setembro, e se enrola sem desgosto
no chão obscuro desse amor que lembro.
Jardins de Pedra
Andando sobre os jardins de pedra...
Ela não consegue esquecer...
Toda a felicidade que ela já sentiu...
Mas que agora veio a padecer.
Caminhando sobre pensamentos...
Ela não consegue em pé ficar...
Pois o seu equilíbrio se foi...
E ela apenas pode lamentar.
Sozinha nos jardins de pedra...
Ao longe sua alma está a voar...
Para tentar encontrar uma razão...
Mas ela consegue apenas chorar.
Sentada nos jardins de pedra...
Com a chuva a lhe lavar...
Ela consegue dar um sorriso...
Pois sabe que um dia voltará a amar...
Andando sobre os jardins de pedra...
Ela não consegue esquecer...
Toda a felicidade que ela já sentiu...
Mas que agora veio a padecer.
Caminhando sobre pensamentos...
Ela não consegue em pé ficar...
Pois o seu equilíbrio se foi...
E ela apenas pode lamentar.
Sozinha nos jardins de pedra...
Ao longe sua alma está a voar...
Para tentar encontrar uma razão...
Mas ela consegue apenas chorar.
Sentada nos jardins de pedra...
Com a chuva a lhe lavar...
Ela consegue dar um sorriso...
Pois sabe que um dia voltará a amar...
1 de mai. de 2002
DECIFRA-ME...
Não venha me falar de razão,
Não me cobre lógica,
Não me peça coerência,
Eu sou pura emoção.
Tenho razões e motivações próprias,
Sou movido por paixão,
Essa é minha religião e minha ciência.
Não meça meus sentimentos,
Nem tente compará-los a nada,
Deles sei eu,
Eu e meus fantasmas,
Eu e meus medos,
Eu e minha alma.
Sua incerteza me fere,
Mas não me mata.
Suas dúvidas me açoitam,
Mas não deixam cicatrizes.
Não me fale de nuvens,
Eu sou Sol e Lua,
Não conte as poças,
Eu sou mar,
Profundo, intenso, passional.
Não exija prazos e datas,
Eu sou eterno e atemporal.
Não imponha condições,
Eu sou absolutamente incondicional.
Não espere explicações,
Não as tenho, apenas aconteço,
Sem hora, local ou ordem.
Vivo em cada molécula,
Sou o todo e sou uno,
Você não me vê,
Mas me sente.
Estou tanto na sua solidão,
Quanto no meu sorriso.
Vive-se por mim,
Morre-se por mim,
Sobrevive-se sem mim.
Eu sou começo e fim,
E todo o meio.
Sou seu objetivo,
Sua razão que a razão
Ignora e desconhece.
Tenho milhões de definições,
Todas certas,
Todas imperfeitas,
Todas lógicas apenas
Em motivações pessoais,
Todas corretas,
Todas erradas.
Sou tudo,
Sem mim, tudo é nada.
Sou amanhecer,
Sou Fênix,
Renasço das cinzas,
Sei quando tenho que morrer,
Sei que sempre irei renascer.
Mudo protagonista,
Nunca a história.
Mudo de cenário,
Mas não de roteiro.
Sou música,
Ecôo, reverbero, sacudo.
Sou fogo,
Queimo, destruo, incinero.
Sou água,
Afogo, inundo, invado.
Sou tempo,
Sem medidas, sem marcações.
Sou clima,
Proporcional a minha fase.
Sou vento,
Arrasto, balanço, carrego.
Sou furacão,
Destruo, devasto, arraso.
Mas sou tijolo,
Construo, recomeço...
Sou cada estação,
No seu apogeu e glória.
Sou seu problema
E sua solução.
Sou seu veneno
E seu antídoto
Sou sua memória
E seu esquecimento.
Eu sou seu reino, seu altar
E seu trono.
Sou sua prisão,
Sou seu abandono e
Sou sua liberdade.
Sua luz,
Sua escuridão
E seu desejo de ambas,
Velo seu sono...
Poderia continuar me descrevendo
Mas já te dei uma idéia do que sou.
Muito prazer, tenho vários nomes,
Mas aqui, na sua terra,
Chamam-me de AMOR.
Não venha me falar de razão,
Não me cobre lógica,
Não me peça coerência,
Eu sou pura emoção.
Tenho razões e motivações próprias,
Sou movido por paixão,
Essa é minha religião e minha ciência.
Não meça meus sentimentos,
Nem tente compará-los a nada,
Deles sei eu,
Eu e meus fantasmas,
Eu e meus medos,
Eu e minha alma.
Sua incerteza me fere,
Mas não me mata.
Suas dúvidas me açoitam,
Mas não deixam cicatrizes.
Não me fale de nuvens,
Eu sou Sol e Lua,
Não conte as poças,
Eu sou mar,
Profundo, intenso, passional.
Não exija prazos e datas,
Eu sou eterno e atemporal.
Não imponha condições,
Eu sou absolutamente incondicional.
Não espere explicações,
Não as tenho, apenas aconteço,
Sem hora, local ou ordem.
Vivo em cada molécula,
Sou o todo e sou uno,
Você não me vê,
Mas me sente.
Estou tanto na sua solidão,
Quanto no meu sorriso.
Vive-se por mim,
Morre-se por mim,
Sobrevive-se sem mim.
Eu sou começo e fim,
E todo o meio.
Sou seu objetivo,
Sua razão que a razão
Ignora e desconhece.
Tenho milhões de definições,
Todas certas,
Todas imperfeitas,
Todas lógicas apenas
Em motivações pessoais,
Todas corretas,
Todas erradas.
Sou tudo,
Sem mim, tudo é nada.
Sou amanhecer,
Sou Fênix,
Renasço das cinzas,
Sei quando tenho que morrer,
Sei que sempre irei renascer.
Mudo protagonista,
Nunca a história.
Mudo de cenário,
Mas não de roteiro.
Sou música,
Ecôo, reverbero, sacudo.
Sou fogo,
Queimo, destruo, incinero.
Sou água,
Afogo, inundo, invado.
Sou tempo,
Sem medidas, sem marcações.
Sou clima,
Proporcional a minha fase.
Sou vento,
Arrasto, balanço, carrego.
Sou furacão,
Destruo, devasto, arraso.
Mas sou tijolo,
Construo, recomeço...
Sou cada estação,
No seu apogeu e glória.
Sou seu problema
E sua solução.
Sou seu veneno
E seu antídoto
Sou sua memória
E seu esquecimento.
Eu sou seu reino, seu altar
E seu trono.
Sou sua prisão,
Sou seu abandono e
Sou sua liberdade.
Sua luz,
Sua escuridão
E seu desejo de ambas,
Velo seu sono...
Poderia continuar me descrevendo
Mas já te dei uma idéia do que sou.
Muito prazer, tenho vários nomes,
Mas aqui, na sua terra,
Chamam-me de AMOR.
30 de abr. de 2002
Frejat
(Cazuza)
Eu quero a sorte de um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida
No embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nesta vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nesta vida
E algum veneno anti-monotonia
E se achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio o mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão
E a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nesta vida
E algum remédio que me dê alegria
(Cazuza)
Eu quero a sorte de um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida
No embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nesta vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nesta vida
E algum veneno anti-monotonia
E se achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio o mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão
E a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nesta vida
E algum remédio que me dê alegria
28 de abr. de 2002
Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas,
só as de verão.
Mas no fundo isso não tem importância.
O que interessa mesmo
não são as noites em si,
são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre.
Em todos os lugares,
em todas as épocas do ano,
dormindo ou acordado.
(Shakespeare)
24 de abr. de 2002
22 de abr. de 2002
" Se vc quiser ouvir ....
o que meu coração tem a dizer,
vai saber sobre manhas orvalhadas
numa serra que noite passada mostrou sua filha-lua.
Vai querer voar por aquela igreja abandonada,
visitar o velho pássaro preto,
fazer ninho perto dele
e ouvir toda tarde sua canção preferida.
Vai beber da aguá queme lembro,
ouvir seu chacoalhar entre os diamantes.
Vai sentir a mesma ternura
qdo eu falar da minha vida.
Vai se encantar com o meu olhar
qdo eu ver este quadro
naquela parede azullada.
E agora vai perguntar
como vem, de onde vem esta saudade
ela vem
vem com o vento que vem de lá "
o que meu coração tem a dizer,
vai saber sobre manhas orvalhadas
numa serra que noite passada mostrou sua filha-lua.
Vai querer voar por aquela igreja abandonada,
visitar o velho pássaro preto,
fazer ninho perto dele
e ouvir toda tarde sua canção preferida.
Vai beber da aguá queme lembro,
ouvir seu chacoalhar entre os diamantes.
Vai sentir a mesma ternura
qdo eu falar da minha vida.
Vai se encantar com o meu olhar
qdo eu ver este quadro
naquela parede azullada.
E agora vai perguntar
como vem, de onde vem esta saudade
ela vem
vem com o vento que vem de lá "
21 de abr. de 2002
Talvez o amor
Talvez o amor seja como um local de descanso
Um abrigo da tempestade
Ele existe para te proporcionar conforto
Ele está lá para te manter aquecido
E nestas épocas de dificuldade
Quando você está na maior parte (do tempo) sozinho
A lembrança do amor vai te trazer para casa
Talvez o amor seja como uma janela, talvez uma porta aberta
Ele te convida para chegar mais perto, ele quer te mostrar mais
E mesmo se você perder a si mesmo e não souber o que fazer
A lembrança do amor vai te acompanhar
O amor para alguns é como uma nuvem
Para alguns ( é ) tão resistente como o aço
Para alguns ( é ) um modo de vida
Para alguns ( é ) um modo de sentir
E alguns dizem que o amor está persistindo
E alguns dizem que está passando
E alguns dizem que o amor é tudo
E alguns dizem que eles não sabem
O amor é como o oceano
Repleto de conflito, repleto de dor
Como uma chama quando está frio lá fora
Um trovão quando chove
Se eu viver eternamente
E todos os meus sonhos tornarem-se realidade
Minha lembranças de amor serão sobre você.
Talvez o amor seja como um local de descanso
Um abrigo da tempestade
Ele existe para te proporcionar conforto
Ele está lá para te manter aquecido
E nestas épocas de dificuldade
Quando você está na maior parte (do tempo) sozinho
A lembrança do amor vai te trazer para casa
Talvez o amor seja como uma janela, talvez uma porta aberta
Ele te convida para chegar mais perto, ele quer te mostrar mais
E mesmo se você perder a si mesmo e não souber o que fazer
A lembrança do amor vai te acompanhar
O amor para alguns é como uma nuvem
Para alguns ( é ) tão resistente como o aço
Para alguns ( é ) um modo de vida
Para alguns ( é ) um modo de sentir
E alguns dizem que o amor está persistindo
E alguns dizem que está passando
E alguns dizem que o amor é tudo
E alguns dizem que eles não sabem
O amor é como o oceano
Repleto de conflito, repleto de dor
Como uma chama quando está frio lá fora
Um trovão quando chove
Se eu viver eternamente
E todos os meus sonhos tornarem-se realidade
Minha lembranças de amor serão sobre você.
Acolha-me
Acolha-me.
Deixei que deite em seu colo
e tenha sonhos de criança
permita-me ter medo e confessa-lo
deixa que eu solte meu ser por campos onde seja possível andar
sem jogos, sem temores e mentiras.
Acolha-me.
E guarde em seus braços meus infantis segredos
minhas dúvidas de gente grande
meus sentimentos de ser pequeno
faça com que eu deixe o mundo lá fora por apenas alguns instantes
e assim, que dentro de mim possa encontrar
alguma razão real para ainda estar vivo.
Acolha-me.
Norteai-me pelo seu olhar, mostre-me luzes que não mais vejo
segure minhas mãos com o carinho que não mais conheço
seca meu choro com palavras reais sobre um mundo tão distante
de onde vim.
Acolha-me.
Traga-me a paz em forme de gestos
não apenas me diga, mas mostre-me,
decora meu rosto com desenhos feitos com seus dedos
com linhas que novamente me liguem ao mundo doce e terno
as possibilidades de ser mais do que o herói de uma noite
o vilão de um amanhecer.
Acolha-me.
Dê guarida ao meu fugitivo, ao meu insistente ser
ao que resta dos meus exércitos de bondade e luz.
Semeia em meu corpo gestos puros e leves
guarda minhas costas para que eu possa enfim dormir
para que me sinta na casa dos seus braços
como um viajante que finalmente chegou.
Acolha-me.
E não peça nome e nem documento
não me fale daquilo que eu possa lhe dar e você possa e pegar e perder com as
mãos
Acolha-me e olhe dentro dos meus olhos
busque por mim
grite num sussurro meu nome
tira-me disso tudo
enquanto ainda há o que tirar.
Acolha-me.
E com a tinta do seu amor
escreva comigo uma história bonita
destas onde o amor existe.
Segue comigo num cavalo branco
numa noite de lua
para um lugar qualquer
que mesmo existindo apenas em nossa comum imaginação
será uma ilusão segura
que me fará de novo viver.
Acolha-me.
Preciso de seus braços
para de novo poder ver a Deus.
Acolha-me.
Deixei que deite em seu colo
e tenha sonhos de criança
permita-me ter medo e confessa-lo
deixa que eu solte meu ser por campos onde seja possível andar
sem jogos, sem temores e mentiras.
Acolha-me.
E guarde em seus braços meus infantis segredos
minhas dúvidas de gente grande
meus sentimentos de ser pequeno
faça com que eu deixe o mundo lá fora por apenas alguns instantes
e assim, que dentro de mim possa encontrar
alguma razão real para ainda estar vivo.
Acolha-me.
Norteai-me pelo seu olhar, mostre-me luzes que não mais vejo
segure minhas mãos com o carinho que não mais conheço
seca meu choro com palavras reais sobre um mundo tão distante
de onde vim.
Acolha-me.
Traga-me a paz em forme de gestos
não apenas me diga, mas mostre-me,
decora meu rosto com desenhos feitos com seus dedos
com linhas que novamente me liguem ao mundo doce e terno
as possibilidades de ser mais do que o herói de uma noite
o vilão de um amanhecer.
Acolha-me.
Dê guarida ao meu fugitivo, ao meu insistente ser
ao que resta dos meus exércitos de bondade e luz.
Semeia em meu corpo gestos puros e leves
guarda minhas costas para que eu possa enfim dormir
para que me sinta na casa dos seus braços
como um viajante que finalmente chegou.
Acolha-me.
E não peça nome e nem documento
não me fale daquilo que eu possa lhe dar e você possa e pegar e perder com as
mãos
Acolha-me e olhe dentro dos meus olhos
busque por mim
grite num sussurro meu nome
tira-me disso tudo
enquanto ainda há o que tirar.
Acolha-me.
E com a tinta do seu amor
escreva comigo uma história bonita
destas onde o amor existe.
Segue comigo num cavalo branco
numa noite de lua
para um lugar qualquer
que mesmo existindo apenas em nossa comum imaginação
será uma ilusão segura
que me fará de novo viver.
Acolha-me.
Preciso de seus braços
para de novo poder ver a Deus.
18 de abr. de 2002
PESSOA
Olhar você
E não saber
Que você é a pessoa
Mais linda do mundo
E eu queria alguém
Lá no fundo do coração
Ganhar você
E não querer
É porque eu não quero
Que nada aconteça
Deve ser porque eu não ando bem da cabeça
Ou eu já cansei de acreditar
O meu medo é uma coisa assim
Que corre por fora
Entra, vai e volta sem sair
Não
Não tente me fazer feliz
Eu sei que o amor é bom demais
Mas dói demais sentir...
Você
E não querer
É porque eu não quero que nada aconteça
Deve ser porque
Eu não ando bem da cabeça
Ou eu já cansei de acreditar
Ou eu já dancei...
O meu medo é uma coisa assim
Que corre por fora
Entra, vai e volta sem sair
Não
Não tente me fazer feliz
Eu sei que o amor é bom demais
Mas dói demais sentir...
Olhar você
E não saber
Que você é a pessoa
Mais linda do mundo
E eu queria alguém
Lá no fundo do coração
Ganhar você
E não querer
É porque eu não quero
Que nada aconteça
Deve ser porque eu não ando bem da cabeça
Ou eu já cansei de acreditar
O meu medo é uma coisa assim
Que corre por fora
Entra, vai e volta sem sair
Não
Não tente me fazer feliz
Eu sei que o amor é bom demais
Mas dói demais sentir...
Você
E não querer
É porque eu não quero que nada aconteça
Deve ser porque
Eu não ando bem da cabeça
Ou eu já cansei de acreditar
Ou eu já dancei...
O meu medo é uma coisa assim
Que corre por fora
Entra, vai e volta sem sair
Não
Não tente me fazer feliz
Eu sei que o amor é bom demais
Mas dói demais sentir...
17 de abr. de 2002
No Silêncio dos Olhos
Em que língua
se diz, em que
nação, em que
outra humanidade
se aprendeu...
A palavra que ordene
a confusão que neste
remoinho se teceu?
Que murmúrio de vento,
que dourados cantos de
ave pousada em altos
ramos. Dirão, em som,
as coisas que, caladas
no silêncio dos olhos
confessamos?
Em que língua
se diz, em que
nação, em que
outra humanidade
se aprendeu...
A palavra que ordene
a confusão que neste
remoinho se teceu?
Que murmúrio de vento,
que dourados cantos de
ave pousada em altos
ramos. Dirão, em som,
as coisas que, caladas
no silêncio dos olhos
confessamos?
Para meninas tristes
Há muitos males nesta insana vida
Que doem até mesmo na despedida
Como doença que faz nascer um tumor
Que, para drená-lo, também causa dor
Necessário é sentir esses momentos
Para dignificar nossos sentimentos
Decisão dói, mas é dor de cirurgia
Pra purgar mágoas ...sem anestesia
Jogar no lixo o passado, sábia decisão
Se lixo é, por que deixá-lo no coração?
Passado é tempo morto na sepultura
Viver é decisão pra recompor a ternura
Libertar-se, para uma nova vida sonhar...
Cortando amarras e ir se fazer ao mar
É limpar a alma das doridas lembranças
Pra navegar em águas de bonanças...
Não há o que não passe, até a saudade
Mesmo que haja tristeza, ela não é eternidade
Amanhã, ninguém sabe, é o desconhecido
Vive o novo, hoje, esquece o mau tempo vivido
Há muitos males nesta insana vida
Que doem até mesmo na despedida
Como doença que faz nascer um tumor
Que, para drená-lo, também causa dor
Necessário é sentir esses momentos
Para dignificar nossos sentimentos
Decisão dói, mas é dor de cirurgia
Pra purgar mágoas ...sem anestesia
Jogar no lixo o passado, sábia decisão
Se lixo é, por que deixá-lo no coração?
Passado é tempo morto na sepultura
Viver é decisão pra recompor a ternura
Libertar-se, para uma nova vida sonhar...
Cortando amarras e ir se fazer ao mar
É limpar a alma das doridas lembranças
Pra navegar em águas de bonanças...
Não há o que não passe, até a saudade
Mesmo que haja tristeza, ela não é eternidade
Amanhã, ninguém sabe, é o desconhecido
Vive o novo, hoje, esquece o mau tempo vivido
Queo
Quero estar com vc .
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te, sem medida,
e ficar na tua vida
da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade.
Sem jamais te sufocar.
Sem falar quando for hora de calar,
e sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente nem presente por demais,
simplesmente, calmamente, ser-te paz...
.Mas, confesso,
é tão difícil aprender!
E por isso
eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto
de lembranças!
Dá-me tempo
de acertar nossas distâncias!
Quero estar com vc .
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te, sem medida,
e ficar na tua vida
da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade.
Sem jamais te sufocar.
Sem falar quando for hora de calar,
e sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente nem presente por demais,
simplesmente, calmamente, ser-te paz...
.Mas, confesso,
é tão difícil aprender!
E por isso
eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto
de lembranças!
Dá-me tempo
de acertar nossas distâncias!
15 de abr. de 2002
SE PUDER SEM MEDO
Oswaldo Montenegro
Deixa em cima desta mesa a foto que eu gostava
pr'eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
pra que eu fotografe assim meu verdadeiro abrigo
Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
só na minha voz não mexa eu mesmo silencio
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder, sem medo
Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa e quando não voltar eu finjo que não importa
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
pra dizer te vendo ir fechando atrás a porta
Deixa o que não for urgente que eu indo preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
se o adeus demora a dor no coração se expande
Deixa o disco na vitrola pr'eu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pr'eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo que me resta
Deixa eu por à prova toda minha resistência
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranquila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
que como esse nosso amor ao menor vento oscila
Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha
Deixa tudo que eu não disse mas você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente e eu pensei que havia
Deixa enfim o que eu pedia mas pensei que dava.
Oswaldo Montenegro
Deixa em cima desta mesa a foto que eu gostava
pr'eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
pra que eu fotografe assim meu verdadeiro abrigo
Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
só na minha voz não mexa eu mesmo silencio
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder, sem medo
Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa e quando não voltar eu finjo que não importa
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
pra dizer te vendo ir fechando atrás a porta
Deixa o que não for urgente que eu indo preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
se o adeus demora a dor no coração se expande
Deixa o disco na vitrola pr'eu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pr'eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo que me resta
Deixa eu por à prova toda minha resistência
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranquila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
que como esse nosso amor ao menor vento oscila
Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha
Deixa tudo que eu não disse mas você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente e eu pensei que havia
Deixa enfim o que eu pedia mas pensei que dava.
Assinar:
Postagens (Atom)