4 de jan. de 2020

Deixa....

Deixa....
Deixa ser vc, deixa ser a vida que grita, que te rasga por dentro querendo sair.
Va atrás de vc, se permita morrer, viver, renascer, e, só então....
Deixa ser você.
Sem dores, sem amarras, sem luto.
Morra... Para viver.
Dance a música que vc quer, feche os olhos e veja o mundo girar,
Sinta o ar entrar em você.
Viva, porque você escolheu viver de novo, 
Viva Pq te deram uma nova vida.
Apenas viva e não reviva. 
Obs: rascunhos de 2016

A paz

Me dá uma paz pensar em nada e querer sentir tudo.

 É que às vezes me perco no que não vivi e me permito ficar horas, horas e mais horas.... Lá .

   Às vezes me debruço nos dias passados e tento, em um gesto patético trazer momentos habituados por nós ...

  Então te desejo sorte é um calento jeitoso para os dias difíceis, te desejo também vida, longa vida e no silêncio que criava-se agora, volto para minha paz e volto a pensar ... Em nada.

   Nem sei bem onde estou e vou junto com uma parte minha que se mandou neste mundo de meu Deus. 

_ Palavras sem chão, o nada que não faz sentido e que se torna todas as escrituras ordenadas na desordem do meu EU.

   Juíza de mim, jurada das minhas atitudes, condenada ao ingovernável tempo do destempo, lá aonde nada se vê através da carne é o verbo já nem sangra e a gente finge que sorri com os "olhos" e a alma vaga no desamor que o amor deixou.

 Escrava de nós, enigma de mim .

 Mas ... Quem diria que um dia ficaríamos calados segurando suspiros e engolindo gemidos ?

  Segredos de nós .... Eco do que não foi dito.

Limite burro de uma loucura noturna que acaba no amanhecer seguinte é que muitas vezes se torna mais noite que qualquer noite e a gente nem sabe bem como aconteceu .

    É como sentar no fim da tarde na varanda e não saber em qual mágico momento tudo se transformou e a gente nem percebeu.

É... Me dá uma paz ficar assim .... 

Sem pensar em nada. 


Obs : rascunhos de 2016 


Egoísmo disfarçados

Nossa tranquilidade advém de que, estamos bem então tudo estará bem, mero engano ou egoísmo nosso. 
Na impossibilidade ou na ignorância de não nos colocarmos no lugar dos outros julgamos nosso bem estar estendido ao outro.
Egoísmo. 
Pensamos e nos colocamos acima do próximo, assim, seguindo a máxima que o Mestre disse : " Amar ao próximo como a ti mesmo", seguimos como massa trituradora por que estamos bem. 
Não preocupamos realmente com o que o outro sente, preocupamos como estaremos na frente do outro e se estivermos bem, o outro, que se dane.
O problema ou solução é que somos no fundo todos muito egoístas desde que estejamos bem. 
  Não existe compaixão ou autruismo com o próximo se o que sentimos não estiver em eixo. 
A máxima de amar o próximo como a ti mesmo nada mais é do que uma expressão egoísta para justificar nossos egoísmos e não termos que ser questionados ou " responsabilizados". 
 A verdadeira compaixão só existe quando, ao amarmos o próximo como a nós mesmos não façamos ao próximo o que não queremos para nós.