24 de nov. de 2006

Então disseram que seria assim...
Leve como a brisa noturna, avassalador como um tufão, me deixaria tonta, sem eira nem beira, e depois da tempestade viria a calmaria.
Me embriagaria nos seus encantos, dançaria na ponta dos pés...
Te beijaria a boca, te falaria com os olhos e lhe presentearia com a noite...
Disseram-me que você viria com a chuva....
Mas ela veio só...
É ... disseram –me tanta coisa que ainda me perco nelas.
O que me resta agora?
Isso ninguém me disse....

7 de nov. de 2006

Há certas horas, que não precisamos de um amor
Não precisamos da paixão desmedida
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas,
Que só queremos a mão no ombro,
O abraço apertado
Ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas,
Quando sentimos que estamos pra chorar,
Que desejamos a presença amiga,
A nos ouvir paciente,
A brincar com a gente,
A nos fazer sorrir...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis,
Nos seja de uma sinceridade inquestionável...

Que nos mande calar a boca
Ou nos evite um gesto impensado

Alguém que nos possa dizer:
Acho que estas errado, mas estou ao teu lado...
Ou alguém que apenas diga: Gosto muito de você!