14 de jul. de 2002

Os males que me fizeram,

Perdoei...

Não odiei meus inimigos,

Abençoei.

Das armadilhas que montaram,

Escapei,

No pouco espaço que mostraram,

Vivi.

As esmolas que me deram,

Aceitei,

Os conselhos que falaram,

Esqueci.

As ordens que impuseram,

Obedeci,

Quando riram de mim,

Ignorei,

Quando cantaram pra mim,

Escutei,

Quando pensaram que morri,

Escapei.

Sempre que eu viajei,

Voltei,

Os caminhos que apontaram,

Caminhei,

Nos pecados que cometi,

Penei.

As dores que sofri,

Chorei,

Meus amores no caminho,

Deixei,

Quando pediam para eu ficar,

Fugi.

Os sentimentos que ganhei,

Perdi,

Nos sofrimentos que passei,

Sorri,

Quando me mandaram embora,

Me achei,

Quando aprisionaram minha alma,

Desfaleci,

Quando encontrei você,

AMEI
SOU AMOR...

Eu sou a mulher que te ama,
E que surge na aurora...
Sou tua noite, que abre as flore sem segredo,
Cuja terra sorri e pede adubo...
Sou a primavera cor-de-rosa que
Te espera, rejeitando o inverno...
Sou amor, sou tua flor...

Sou teu horizonte verde,
De uma alameda pura e silenciosa...
Sou teu jardim de pétalhas desfolhadas pela brisa...
Sou a terra que acolhe teu gemido...
Sou tua alma serena e amorosa...
Sou amor, sou tua flor...

Sou terra de um vaso quebrado,
Que germina vida...
Sou paz do teu canteiro florido...
Sou a rosa que te gosta epede abrigo...
Sou a deusa do jardim que te afaga...
És meu cravo, meu amor, o chão que piso...
Sou o amor, sou tua flor...