SOMOS QUEM PODEMOS SER
SONHOS QUE PODEMOS TER
É irônico o que se pode fazer por muitas pessoas, e não conseguimos fazer absolutamente nada por uma só..
2 de mai. de 2002
Álvaro de Campos
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Começo a conhecer-me. Não existo.
Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.
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Começo a conhecer-me. Não existo.
Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.
Quando...
Quando você busca por soluções e respostas e elas
custam a surgir,
Quando à sua volta tudo parecer conspirar para
impedi-lo de caminhar na direção que você escolheu,
Não brigue contra o mundo.
Esta luta contra obstáculos maiores que você fará
com que suas forças sejam desperdiçadas.
Canalize suas energias na busca de uma solução
que seja a um só tempo, criativa e individual.
Seja ousado e não tenha medo de ouvir seu próprio
coração.
Dentro dele estão todas as respostas que você
procura.
E estas respostas serão as mais oportunas e as
que melhores resultados trarão, porque se somos guiados pelo nosso
coração podemos estar certos de que encontraremos paz interior e a
partir daí todos os obstáculos serão encarados como desafios a serem
superados e não mais como situações intransponíveis.
Quando você busca por soluções e respostas e elas
custam a surgir,
Quando à sua volta tudo parecer conspirar para
impedi-lo de caminhar na direção que você escolheu,
Não brigue contra o mundo.
Esta luta contra obstáculos maiores que você fará
com que suas forças sejam desperdiçadas.
Canalize suas energias na busca de uma solução
que seja a um só tempo, criativa e individual.
Seja ousado e não tenha medo de ouvir seu próprio
coração.
Dentro dele estão todas as respostas que você
procura.
E estas respostas serão as mais oportunas e as
que melhores resultados trarão, porque se somos guiados pelo nosso
coração podemos estar certos de que encontraremos paz interior e a
partir daí todos os obstáculos serão encarados como desafios a serem
superados e não mais como situações intransponíveis.
"...Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança.
De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada.
Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
ENLOU-CRESÇA. "
(Carlos Drummond de Andrade)
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança.
De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada.
Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
ENLOU-CRESÇA. "
(Carlos Drummond de Andrade)
Belissima pag com poemas do Fernando Pessoa e outros.
Ah ! A Angústia, A Raiva Vil, o Desespero
AH! A ANGÚSTIA, a raiva vil, o desespero
De não poder confessar
Num tom de grito, num último grito austero
Meu coração a sangrar!
Falo, e as palavras que digo são um som Sofro, e sou eu.
Ah! Arrancar à música o segredo do tom
Do grito seu!
Ah! Fúria de a dor nem ter sorte em gritar,
De o grito não ter
Alcance maior que o silêncio, que volta, do ar
Na noite sem ser!
Fernando Pessoa
Ah ! A Angústia, A Raiva Vil, o Desespero
AH! A ANGÚSTIA, a raiva vil, o desespero
De não poder confessar
Num tom de grito, num último grito austero
Meu coração a sangrar!
Falo, e as palavras que digo são um som Sofro, e sou eu.
Ah! Arrancar à música o segredo do tom
Do grito seu!
Ah! Fúria de a dor nem ter sorte em gritar,
De o grito não ter
Alcance maior que o silêncio, que volta, do ar
Na noite sem ser!
Fernando Pessoa
SONETO
Lábios que encontram outros lábios
num meio de caminho, como peregrinos
interrompendo a devoção, nem pobres
nem sábios numa embriaguez sem vinho:
que silêncio os entontece quando
de súbito se tocam e, cegos ainda,
procuram a saída que o olhar esquece
num murmúrio de vagos segredos?
É de tarde, na melancolia turva
dos poentes, ouvindo um tocar de sinos
escorrer sob o azul dos céus quentes,
que essa imagem desce de agosto, ou
setembro, e se enrola sem desgosto
no chão obscuro desse amor que lembro.
Lábios que encontram outros lábios
num meio de caminho, como peregrinos
interrompendo a devoção, nem pobres
nem sábios numa embriaguez sem vinho:
que silêncio os entontece quando
de súbito se tocam e, cegos ainda,
procuram a saída que o olhar esquece
num murmúrio de vagos segredos?
É de tarde, na melancolia turva
dos poentes, ouvindo um tocar de sinos
escorrer sob o azul dos céus quentes,
que essa imagem desce de agosto, ou
setembro, e se enrola sem desgosto
no chão obscuro desse amor que lembro.
Jardins de Pedra
Andando sobre os jardins de pedra...
Ela não consegue esquecer...
Toda a felicidade que ela já sentiu...
Mas que agora veio a padecer.
Caminhando sobre pensamentos...
Ela não consegue em pé ficar...
Pois o seu equilíbrio se foi...
E ela apenas pode lamentar.
Sozinha nos jardins de pedra...
Ao longe sua alma está a voar...
Para tentar encontrar uma razão...
Mas ela consegue apenas chorar.
Sentada nos jardins de pedra...
Com a chuva a lhe lavar...
Ela consegue dar um sorriso...
Pois sabe que um dia voltará a amar...
Andando sobre os jardins de pedra...
Ela não consegue esquecer...
Toda a felicidade que ela já sentiu...
Mas que agora veio a padecer.
Caminhando sobre pensamentos...
Ela não consegue em pé ficar...
Pois o seu equilíbrio se foi...
E ela apenas pode lamentar.
Sozinha nos jardins de pedra...
Ao longe sua alma está a voar...
Para tentar encontrar uma razão...
Mas ela consegue apenas chorar.
Sentada nos jardins de pedra...
Com a chuva a lhe lavar...
Ela consegue dar um sorriso...
Pois sabe que um dia voltará a amar...
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