22 de nov. de 2016

Do empate o receber do nada que sempre tive.
Quando meia-noite já se é bom dia e você ainda está ali, tonta com os golpes da vida.
Da pra levantar ...
"Espetáculo do mundo" ....
E sair por aí em busca da tarde de domingo, que acaba com seu final de semana mas te entrega dias pela frente.
Duvido que a gente vá se enfrentar novamente, duvido que vou morrer mais três noites só para renascer uma qualquer.
Duvido, hoje, também da gente e daquela que deixei com você.
Duvido também dos sonhos que te comprei e não entreguei.
Daqui não estou vendo você nem tua sombra... 
"Corpo, corpo,corpo...".
Silêncio e suas roupas guardadas em outro lugar, é que há muito pareciam roubar me a paz.
Então perdi o sono e fugi pra rua.
Noite que ainda faz...
Resgate de mim...
Melancólico rumo que conforta.


Desordem de mim mesma, quando sabe-se ser feita de amor.
Chuva de razão é mistério sem escape do que não quer escapar.
Loucura branda...
Corrupta de pensamentos desprovidos de flamas ardentes em beijos do acaso, chamados outrora de delírios de benção.
Água benta jogada na testa para livrar-nos do mal - Amém !
Um dormir, conosco...
Convosco ...
Comigo !
Gemidos tímidos, balanços de um corpo empoeirado de tempo vencido, escorridos pelas pontas dos dedos.
Escrava de um soluço arrogante, da vida que virou memória jogada na rua, acompanhada do sagrado, adormeço.
Embalada na sua respiração e sem querer, iludir-nos, convocamos uma próxima vez, festivamente no silêncio dos dizeres, nos enxergamos e nós entregamos