10 de fev. de 2006

Já tive um casulo...
É... Eu já tive tantas coisas, algumas ainda são lembradas, outras nem isso.
Na época do casulo eu o usava muito, era assim que me resguardava das intempéries da vida. Era assim que eu me protegia para não ficar doente do “tempo” para não “adoecer o tempo”.
Estranho né?
Eu também achava ate entender como funcionava,... Ate acontecer comigo, ate meu “tempo” cair de cama... E o que eu tinha?
“Dói-a me o tempo” ...
O “tempo” dói quando se comprime, quando se sintetiza no momento presente, corrompendo o passado e derrocando a possibilidade futura, quando não se chama Cronos e mesmo assim devora a alma.
As coisas começam cedo, logo na infância ele já começa á adoecer, mas, só mais tarde vem a doer.
Era quando ele doía, quando me dilacerava a carne, que eu entrava para o meu casulo, e punha-me a esperar, ficava assim por um bom período, comparava isso com uma coisa muito grotesca, mas valida, uma cena do Drácula em que ele, após perder suas forças, ficar demasiadamente fraco, entrou em uma caixa cheia de terra trazida... (não lembro mais a cidade ), ficou um tempo dentro dela e quando saiu sentia se melhor que antes.
Era assim que meu casulo funcionava, eu ficava dentro dele ate meu “tempo” não mais doer, recuperar minhas forças e dar continuidade aonde havia parado.
Naquela época muita coisa me abalava hoje poucas, quase nenhuma me leva de volta ao meu casulo, pra dizer a verdade nem sei aonde ele esta.
Meu “tempo” já não dói, dou-lhe doses de morfina... E deixo que algumas coisas se percam em vôos desesperados, já não olho mais para os dois lados ao atravessar a rua, já não creio mais em muitas coisas e não devo aos outro a minha dor.
Ixe..... Acabei me perdendo em meio a tanta asneira, nem sei mais o que queria dizer,... derrr... :/ Posted by Picasa