6 de jan. de 2010

Analisando o termino do ano, que ela decidiu fazer tudo ao contrário.
Não se vestiu de branco, ou qualquer outra cor que se “deve” usar na virada de um ano.
Não chupou sete uvas e muito menos pulou três ondas. Tinha certeza que era desnecessário.
Passou perto da TV, pegou o controle que estava no chão e apenas colocou no lugar, não estava com estomago para ver pessoas sorrindo, desejando a “inatingível” paz, agindo como se problemas fossem inexistentes, ou então dizendo que os que ocorreram no “364” dias anteriores, deveriam ser esquecidos, as descorçoes aniquiladas e a raiva, essa deve ser abolida, e tudo transformado em amor, tudo isso por que se iniciava um ano novo ?!
Ela achava ridículo e se recusava participar dessa “hipocrisia” .
Foi tomar o seu banho, no horário de sempre, vestiu um de seus pijamas “nada sexy”, e no lugar um champagne , tomou um rivotril, garantindo assim uma boa noite de sono.
Desligou o celular, apagou as luzes e deitou mais cedo que o de costume.
Deitada pensou em não pensar em nada...
E foi assim que ela virou o ano, sem sorrisos amarelos, abraços frios e beijinhos distantes no rosto, e o melhor ainda, sem aquela típica musiquinha “ Adeus ano velho, feliz ano novo .... ”
Fez sua própria contagem regressiva, e se não lhe falha a memória, antes de chagar no 4 já estava em um sono profundo.
Se ela fez planos para o ano que se iniciou ...? não sei.... talvez sim.... talvez não.
Ela me disse que tudo continua na mesma, que é indiferente, e que quando fizer planos me conta... ou não.
De qualquer forma, desejei-lhe uma feliz ano novo...
E ela ?
Deu de ombros e saiu.