4 de jan. de 2020

A paz

Me dá uma paz pensar em nada e querer sentir tudo.

 É que às vezes me perco no que não vivi e me permito ficar horas, horas e mais horas.... Lá .

   Às vezes me debruço nos dias passados e tento, em um gesto patético trazer momentos habituados por nós ...

  Então te desejo sorte é um calento jeitoso para os dias difíceis, te desejo também vida, longa vida e no silêncio que criava-se agora, volto para minha paz e volto a pensar ... Em nada.

   Nem sei bem onde estou e vou junto com uma parte minha que se mandou neste mundo de meu Deus. 

_ Palavras sem chão, o nada que não faz sentido e que se torna todas as escrituras ordenadas na desordem do meu EU.

   Juíza de mim, jurada das minhas atitudes, condenada ao ingovernável tempo do destempo, lá aonde nada se vê através da carne é o verbo já nem sangra e a gente finge que sorri com os "olhos" e a alma vaga no desamor que o amor deixou.

 Escrava de nós, enigma de mim .

 Mas ... Quem diria que um dia ficaríamos calados segurando suspiros e engolindo gemidos ?

  Segredos de nós .... Eco do que não foi dito.

Limite burro de uma loucura noturna que acaba no amanhecer seguinte é que muitas vezes se torna mais noite que qualquer noite e a gente nem sabe bem como aconteceu .

    É como sentar no fim da tarde na varanda e não saber em qual mágico momento tudo se transformou e a gente nem percebeu.

É... Me dá uma paz ficar assim .... 

Sem pensar em nada. 


Obs : rascunhos de 2016 


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