22 de dez. de 2003



DO CORAÇÃO...






"Quem pode saber o que acontece em seu coração...
Quando alguém lhe nega um sorriso...
Quando o dia acaba e você está só...
Quando chove e você sente frio...




Quem pode saber quando seu silêncio é um chamado...
Quando o amor está em seus olhos...
Quando as asas de um anjo te protegem...
Quando na verdade você queria somente um abraço...




Quem pode saber quando a noite beija seu rosto...
Quando uma lágrima esconde uma dor...
Quando um sorriso é uma esperança...
Quando a própria esperança tenta escorrer com uma lágrima...




Quem pode dizer se valeu a pena...
Quando alguém te mostrou a realidade...
Quando alguém se queixou do que você fez...
Quando alguém culpou o mundo por suas tristezas...




Quem pode dizer se valeu a pena...
Não sentir como você sentiu...
Não chorar como você chorou...
Não tentar como você tentou...




Quem pode dizer se valeu a pena...
Quando te consolaram diante do medo...
Quando todos disseram "é verdade" e você "é errado..."
Quando um bom coração tocou o seu...




Quando você pensar em tudo isso...
E sorrir ou chorar com felicidade em seu coração...
Então será a sua vez de dizer, que valeu a pena..."




20 de nov. de 2003

cabelo

Eu amo seu cabelo, adoro ele, o que mais destaca em voce, qdo vc sai do banho gosto do cheiro dele, gosto de puxar ele, é o que mais amo em voce, sem duvidas nenhuma seu cabelo.
Levantei, fui ao banheiro, na primeira gaveta tinha uma tessoura, e um aparelho de barbear.
Cortei meu cabelo ao maximo que pude, e passei maquina zero.
Juntei tudo e entreguei a ele.
Se é do meu cabelo que voce gosta pode ficar com ele, peguei minha bolsa e fui embora, disposta a nunca ,mais voltar.
Durante todo este tempo esperei que ele me notasse como mulher, que resaltasse alguma qualidade minha, e o mais proximo que ele chegou foi isto.
As atitudes dele faziam me acreditar que a unica coisa que ele estava preocupado era com a fisionomia.
Vai te fuder!!! - gretei antes de fechar a porta.
Passei a mao na minha cabeça, e pude sentir como é boa a sensacao apenas dos tocos que ficaram.

19 de nov. de 2003

Preferi sair enquanto ele dormia,
nao quis ser brega, nao deixei bilhete com rosas sobre o travesseiro.
Vesti minha roupa parecendo que estava em camera lenta, ate prendia
a respiracao, a ultima coisa que eu queria era que ele acordasse.
Tranquei a porta e deixei a chava com o porteiro.
Foi a melhor e a pior noite da minha vida, sabia que depois
daquela noite nada seria igual, e fiquei andando pela cidade.
Sentei na no banco da praca, pessoas iam e vinham, alguns me olhavam
firmemente, na maioria homens, nao sei devia ser meu cabelo.
Abaixei as pernas, e encostei no banco virando a cabeca para tras,
assim nao veria as pessoas me olharem, pareciam me julgar.
Fiquei ali sem saber exatamente o tempo, depois fui embora, teve um
cara que aproximou de mim e me chamou de delicia.
Eu quis mandar ele ira a puta que o pariu, mas estava tao constrangida
e feliz pela noite anterior que dei ate uma piscada para ele.
Eu deveria ter sido brega e deixado um bilhete com meu telefone?
Nao acho que nao.
Nossa preciso ir ao banheiro, agora que era o problema achar o banheiro,
la no final da escada moca tem banheiro, putz a escada dava mil voltas,
daquelas antigas que quem ta em baixo ve os que sobem, eu de saia, nem
podia pensar nisto, a necessidade era maior.
Corria, so se escutava o barulho do meu salto nas escadas, e uns leves
gritos, de homens, parecendo que eu estou no cio, a que isto...
homens, nunca se acostumam com mulheres.
Enfim o banheiro feminino.
Entrei, alivio, banheiro meio sujo, mas sem escolhas.
Foi entao que percebi, e vi que nao precisava ter deixado bilhete nenhum
na pra ele, com telefone nem nada.
Eu estava sem calcinha.
Entendi o pq dos olhares e de algumas frases que ouvi, nao deixei que
me constranger pelo fato de estar sem a peca de baixo, pelo contrario.
Dobrei o coz da saia e sai pela cidade me sentindo a pessoa mais sexy
do mundo.
Ainda fui capaz de fazer caras e bocas para alguns.
Algumas coisas nunca foram tao boas como a noite que tivemos e como
este esquecimento meu.

17 de nov. de 2003

"O amor é grande mas cabe no breve espaço de te beijar... "

Estou tão bem, (sempre que digo isto as coisas mudam de rumo*rs) estou vivendo em pleno carnaval,
antecipado *rsrs, e eu nao saberia dizer exatamente o que esta acontecendo, mas sei que nao dependeu
so de mim, entrega á dois.(de dois)
Ate o jeito de olhar mudou, risos, risos e mais risos, e sem motivos, tudo ficou melhor, a vontade
de estar do lado aumentou nesta ultima semana, só de ficar do lado ta bastando, mesmo que calada,
nem se eu tentar falar tudo nao vou conseguir, ele tambem esta bem, e me transmite calma.
As vezes eu me pergunto, o que ele viu em mim, o que ele gosta, acho que todo mundo tem esta vontade ne, de saber o que a outra
pessoa ve na gente, por que na maioria das vezes vemos mais nossos defeitos,
Eu¿ O que eu vi nele¿
O seu jeito de me olhar, qdo ele para parece que ta em outro mundo, e eu fico olhando para ele tentando adivinhar
em vao o que ele pensa, sempre pergunto o que ele esta pensando, as vezes ele fica serio, as vezes começa a rir,
gosto do jeito que ele levanta a sombrancelha direita qdo se concentra, qdo se deixa perder em seus pensamentos,
o jeito como morde os labios, o seu sorriso, adoro qdo ele começa a sorrir do nada e qdo eu pergunto de que
ele esta rindo, ele so responde que é de felicidade.
Ele ta se tornando meu porto seguro.
E eu estou adorando tudo, principalmente gostar dele, gosto de tantas coisas nele q sera dificil falar de todas.
Gosto do cheiro dele, do cheiro do cigarro dele, mesmo qdo ele vai embora parece que ainda esta ali, gosto do abraço dele,
qdo ele me aperta, qdo ficamos conversando, gosto de estar sozinha com ele, que mais eu gosto nele¿
Nao saberia dizer agora, gosto tb alguns defeitos dele pode*rs e descobri isto a pouco tempo, gosto da mistura do tudo di bom dele,
com o tudo de ruim*rs, td que eh perfeito de mais estraga, ninguem é perfeito, na maioria das vezes somos nós quem inventamos as
pessoasai qdo aparecem os defeitos, os que sempre estavam claros e nunca quissemos ver, parece que o mundo desmorona, ai vem
aquela coisa que a gente fala:
_ Decepcionei mais uma vez, homem é tudo igual, ele nao presta eu sabia, dai reuni com as amigas e acaba
com a raça do coitado, jura que nunca mais vai gostar de ninguem, que voltar com ele nem pensar e patati- patata.
Nu eh isto que eu quero, acho que é por isto que estou bem, por que é ele quem esta me ensinando a ver o outro lado da vida, me
ajudando a amadurecer um lado meu, isto eu nunca vou esquecer, e nem o bem que ele me faz, td de mais, só falta passar um final de
semana eu e ele em Piri, com este friozinhu que ta ia ser o maximo, tomar vinho e andar á pe pela cidade, quase td seria igual ao
final de semana em que nós nos conhecemos e fomos para la, eu levaria roupa de frio*rs e aproveitaria mais a companhia dele,

Tadoro seu xatu,
" Eu experimentei uma sensação, que ate então não conhecia
De se querer bem
De se querer quem se "tem",
E ele me faz tão bem,
E ele me faz tao bem,
Que eu tb quero fazer isto por ele."

Carinho não se explica......
Se senteeeeeee .

10 de nov. de 2003

Dorme que a vida é nada!
Dorme, que tudo é vão!
Se alguém achou a estrada,
Achou-a em confusão,
Com a alma enganada.


Não há lugar nem dia
Para quem quer achar,
Nem paz nem alegria
Para quem, por amar,
Em quem ama confia.


Melhor entre onde os ramos
Tecem dosséis sem ser
Ficar como ficamos,
Sem pensar nem querer,
Dando o que nunca damos.

Fernando Pessoa


" Wer nicht von dreitausend jahren
Sich weiB Rechensachaft zu geben
Bleib im Dunkeln unerfahren,
Mag von Tag zu Tag leben!"

4 de nov. de 2003

31 de out. de 2003

Ele dormira logo. Eu fiquei um longo tempo acordada, pensando, depois ja com a luz apagada fiquei pensando no silencio, podia ve-lo em meio a escuridão.
Pensando nas coisas que ele me disse, eu nao falei muito, desnecessario conversar sobre os machucados que havia me feito, minhas feridas tem sua propria voz, e fala por si propria.
Antes de fechar os olhos, fiquei parada olhando pra ele, escutando sua respiração e tentando entender o que estava acontecendo, pedi desculpa em silencio, segurei minhas lagrimas, virei pro lado e tentei esquecer as palavras dele, adormeci.
Acordei, preferia ter ficado deitada por horas, me senti envergonha atingida por motivos que agora não sei se sao verdades.
As vezes somos possuidos por uma sensação de tristeza que nao conseguimos controlar, assim estava.
Levantei, com meu choro gratuito fiz o de sempre.
Desta vez machucada, por que todo foi dito de uma forma tao verdadeira e pura por ele que me convence por segundos que ele esta certo.
Eu sempre pensei que a felicidade fosse algo que se multiplicava qdo dividida, e ainda sim acredito.
" Durante anos eu lutei contra meu coracao, tinha medo da tristeza, do sofrimento, do abandono. Sempre soube que o verdadeiro
sentimento esta acima de tudo, e desta vez não quis lutar, guardei minhas armas, e sem armadura entrei no campo de batalha, me
permiti sangrar, hoje, ainda hoje, eu digo que me abriria novamente, valeu a pena, e qdo olho para tras, tenho pena da que fui,
pobre de quem tem medo de correr riscos, porque talvez nao se decepcione nunca, nem tenha desilusoes, nem sofra, mas qdo olhar
para tras vera seu vazio. Ah quem dera eu pudesse arrancar o coracao do meu peito, nao haveria mais dor, nem saudades, nem
lembranças, mas nao haveria tb alegria.
Sou alegre pelo q vivemos e pelo que esta por vir, que minhas lagrimas corram para bem longe.
Porque por mais absurdo que pareça, por mais fora de lugar e tempo que esteja, a paixao nunca escolhera nada para se manifestar,
apenas chegara, assim, m ansa, como ocorreu comigo, e ainda ocorre neste momento. "

28 de out. de 2003

A vida é um pesado fardo, poucos conseguem carrega-lo com grandeza e, no fundo, todos sentem culpa por
não terem uma força oculta que os leve a superar a própria mesquinharia...
Algumas pessoas são atingidas de tal forma por esta culpa, que acham mais facil se afastarem, um absurdo
completo de quem não consegue encarar a " realidade", que existe apenas para enganar.
Preferem não carregar fardos pesados, não viver o que a vida lhe oferece.
Medo¿
Perda da confiança¿
Vai saber....

" Em nosso século, o ´grande homem ´ pode ser, ao mesmo tempo, uma boa besta."

Confiança

A vida é um pesado fardo, poucos conseguem carrega-lo com grandeza e, no fundo, todos sentem culpa por
não terem uma força oculta que os leve a superar a própria mesquinharia...
Algumas pessoas são atingidas de tal forma por esta culpa, que acham mais facil se afastarem, um absurdo
completo de quem não consegue encarar a " realidade", que existe apenas para enganar.
Preferem não carregar fardos pesados, não viver o que a vida lhe oferece.
Medo¿
Perda da confiança¿
Vai saber....

" Em nosso século, o ´grande homem ´ pode ser, ao mesmo tempo, uma boa besta."

20 de out. de 2003

Deonios na minhya cabeça

" DEMONIOS NA MINHA CABEÇA

Me contenho em todos os sentidos.
Uma moeda por seus pensamentos,
Tenho tanta necessidade de tocar-lhe,
As vezes o faço, as vezes fico so na vontade
Voce me inibe,
Nao sei exatamente por que,
Algo maior,
Me dá receio.
Sei que assim que lhe tocar, voce fara um leve ou brusco movimento,
Levando meu rosto a queimar de vergonha,
Para não ser necessario usar de minhas palavras neste momento,
Irei tirar a mão de seu corpo
Sem graça e sem saber onde coloca-la,
Me recuo...
Viro pro lado e aumento minha oferta....
Duas moedas por seus pensamentos.
Queria saber como agir neste instante,
Fico por alguns segundo quieta, esperando minha vergonha passar.
Já " SENVERGONHA" levemente começo tocar-lhe ,
Já esperando seu proximo movimento,
Me recolherei...
Torna-se apenas uma sequencia inevitavel de esperas,
Meu tocar, seu mexer, meu recuar...
E porque ainda me atrevo:¿
Apenas por saber que mais cedo ou mais tarde tudo ira passar,
Um dia... Um dia qualquer, sem nada de especial, apenas vai acontecer,
Vamos nos deitar, eu vou tentar te tocar, voce vai se mexer, e desta vez sera definitivo meu afastar.
Vai ser a ultima vez que sentirei meu rosto queimar, em que ficarei sem graça, sem lugar,
Ultima vez que rirás de mim em silencio,
Voz não mais irão me atormentar,
Matarei todas... e abafarei minhas vontade... Me deixarei secar
Acabarei com tudo...
O melhor seria cabar com minha vergonha...
Nao deixar meu rosto queimar...
Mas...

Agda Alvares

18 de out. de 2003

Quero fazer amor com você a noite toda.
Quero te matar de prazer.
Fazer dos seus gemidos,
A minha vitoria.

Estou indo para casa now,
Estarei no cel,
Não precisa ligar para confirmar se estou acordar
Mesmo que esteja dormindo, direi o contrario.


Vou lhe dar prazer a noite toda,
Me afogar em você,
Perder-me em seu cansaço,
E quando você achar que é o fim ,
Se der por satisfeito,
Lá esterei eu,
Mais uma vez deitada em cima de você.

Não... Não me pesa para ir pra igreja " rezar",
Quando se trata de você eu me atrevo,
Vou mais longe,
Não quero tirar estes desejos da minha cabeça,
A culpa não é sua,
É minha, por sentir tanto prazer em lhe dar prazer.

E nem bem o dia amanhace e estou eu querendo mais.
Sem treguas meu caro,
Quero tudo neste momento,
Cada gota do seu suor, cada gemido, cada esperma,
E depois adormecer entre nossos cheiros,
E secreções mutuas,


Então me darei por satisfeita.
Ate passar meia hora e eu me despertar,
E mais uma vez estarei eu...
Em cima de você a te atiçar,
A te fazer gozar."

Agda Alvares

17 de out. de 2003

Toques

" Toque

Tenho em mim todas as palavras do mundo,
Palvras altas, nobres, sensiveis, carinhosas, asperas, sujas, vulgares, etc..
Mas não são de palavras que necessito.



São atos,



Sem palavras
Ainda na cama acendo um cigarro
A realidade plausivel derepente é lançada sobre mim
Hora de despertar...
Realidade


Nada se sabe
Tudo se imagina
Palavras não são nada
E para que usa-la


E muda....
Continuarei fumando."



Agda Alvares

( ps... nunca tentei conquistar ninguém com palavras, isto é caoo, mas somente atravez delas
é que posso lhe dizer o qto Tadoro... " PALAVRAS .... POR PALVRAS...." )

15 de out. de 2003

POdemos

"Podemos ¿?

PODEMOS RASGAR AS ROUPAS,
E MOSTRAR O CORAÇÃO,
serpente-estrela
que não quis voar,
alguns sobrevivem e suavemente se espreguiçavam
Eu poderia ter voado, mas preferi ficar,
Asas não pode lhe dar...
Desceremos e subiremos por um vale com nossas proprias pernas.
Iremos indo até rebentar com todos os nossos velhos buracos.
E eu sou a lúcida que vai entrando súbita,
e que seja no tempo que não dói muito, sob o céu avermelhaddo, de
sentido único.
E caminharemos...
Quero ouvi-lo falar,como tenho saudade da tua voz, abafarei as
minhas para que as tuas durem e nos equilibrem, enquanto
atraves dos meus trapos, te abro meu coracao.
Tu já sabias, mas sabes melhor agora que o sabias.
Assim entre os rasgos de nossas roupas encontraremos o centro que
incendeia as chacaras.
Neste tempo que nada pôde contra a voz, em murmurios te falarei do
afável dia azul.
É quando o céu ainda nos acompanha, e outra vez me darás a mão e
seguiremos, e embora mantenha o juízo...
Do final...Não sabe qual...
Quando encarnam no coração da terra a olhos previstos.
E lá estará a terra a que nos prometeramos...
Mas nós Lá a veremos?

Agda Alvares"

Td bem que ninguem entenda nada dos meus textos, mas cada frase, cada
palavra, faz maior sentido pra mim, lendo por ler talvez nao consigam
sentir, tem coisas que tem que ser lidas e vistas com o coracao....
Palavras muitas vezes eh td que temos..... O QUE FAZER SE EU TENHO SÓ
PALAVRAS PARA CONQUISTAR VC ?

14 de out. de 2003

Lembrará de mim saberá que estou viva......
Coracao dilacerado.....
Vida sem rumo......
Tudo me lembra voce, e eu nao quero beijar ninguem por beijar,
Quero seus beijos....
Agora já sei o que vai me acontecer.....
Vou chorar.....
Vou arrepender.....
Vou me mal dizer da sorte......
Mas daqui ate a morte....
Seus beijos nao hei de esquecer....

13 de out. de 2003

"Mate-me

Percorro todo seu reino, desvendando seus terrenos para nao ser devorada.
Palavras agora sao cacos, mil faces secretas sob nossas faces...
Caem-se as mascaras.
Um silencio neutro, e derrepente a explosao na sonoridade, o gosto do sangue d´amora na boca.
É quando tudo queima, e começamos a desvendar o enigma da vida (morte) , dia de nós atermos á ela.
Neste momento labirintos abrem-se aos nossos pés.
Morro quando me toca,
Morro quando te toco,
O toque de tocar_te!
Entre a duraçao e o movimento tudo acontece, almas afogadas no vinho.
Deixo que m ate-me,
O que tanto mira... Mas nunca atira>
Dê seu tiro no ar, ao tempo, mas.... Atire!
O tempo que poderia e podê, inverteu a ordem dos desejos renascidos em mim pelo seu gosto,
cheiro, devorando-me com os olhos, sulgando-me com a boca, penetrando-me com a lingua,
matando me suavemente de prazer.
Experiencia de quem vivenciou, isto nao morre, mesmo que eu desça ao abismo da loucura.
Edifiquemos...
Um delirio da imortalidade, me levando á insensatez, deixando meu gosto em sua boca e admirando-o
quando falas que gosta, que não seja visto como perdições, mas encontros.
No avesso da chamada razção, freneticamente e apaixonadamente deixo de lidar com as palavras,
o silencio é a sintaxe invisivel, o limite entre o significante e do significativo.
Decifra-me...
Ou devoro-te!"
Agda Alvares

12 de out. de 2003

"Embora meu objetivo seja compreender o amor, e embora sofra por causa
das pessoas a quem entreguei meu coração, vejo que aqueles que me
tocaram a alma não conseguiram despertar meu corpo, e aqueles que
tocaram meu corpo não conseguiram atingir minha alma"...

(descobri a tal da insatisfacao, acho que agora sou capaz de compreender quando me dizem que cada pessoa ocupa e preenche um lugar diferente em nós, hoje sou mais eu)

9 de out. de 2003

Fim de tudo

"Principio-FIM

Quando cai.
Nesta história intencional que se comemora
Sendo minha dor.
Pude ver o infinito endiabrado que por hora me animava.
Sei de um mistério que se profere indiciado
Que nao era principio e sim o fim
Eu nao soube lhe achar...
E enterro-me na única fresta da tua muralha,
Só não sei mesmo porque inda agora tanto
Me creio aqui."


Agda Alvares

8 de out. de 2003

Assassinando um sentimento Parte ll

" Assassinando um sentimento
PARTE ll

Desta vez eu não corri, quis deixar a chuva molhar meu rosto, presto atenção nas pessoas correndo de um lado para o outro evitando serem acertadas pelos tiros que o céu despejava sobre nós.
De nada adiantava tanta correria, no fim todas estava encharcadas dos pés a cabeça, e eu ali, tinha consciência, e não queria correr, não naquela hora.
Não pertenço mais a esta mediocridade, minha pele já tem uma coloração diferente, me arrastando entre as pessoas que disputavam um espaço qualquer para não serem fuziladas, meu olhar ainda continuava distante, não sabia que direção seguia, mas me permitia ser guiada pelas minhas intuições.
Talvez a vida não seja um fato consumado, e por vezes me pergunto se meu pecado não foi inventado, por uma mente cheia de pensamentos sombrios, a minha.
Continuo andando... Alma penada.
Preciso traze-lo de volta, neste instante comecei a correr (não fugia de nada, não tinha medo dos tiros, já havia sido banhada pelo sangue naquela noite), corria cega sem pensar, não obtenho mais forças, mas o ser rastejante que se encontrava no meio da multidão a minutos atrás, tornara-se agora apenas desejo, necessidade, arrependimento, angustia...
Preciso traze-lo de volta.
Para o meu desespero portão fechado, me agarro nas grades e como um animal selvagem (correndo atrás de sua presa), pulo, caio no mundo dos mortos.
Tornei-me realmente o que pensara ser a segundos atrás, um animal, longe de qualquer atitude racional, comecei a cavar, ajoelhada, misturada a lama, nem preocupava em limpar o sangue que agora pingava do meu rosto com mais intensidade.
Preciso traze-lo de volta... Pensava obsessivamente.
Dependia apenas de mim, sabia que ele se encontrava ali, com a mesma força que o matei, tentava agora revive-ló.
Tínhamos covas diferentes, e eu sentia os vermes me comendo lentamente, por que minhas lembranças agora os traziam ate mim, as dores começavam aparecer, o cheiro da morte me embriagará por um tempo, mas agora... Sabia exatamente que o tinha matado com um golpe baixo, frio, e por isto cava cada vez mais.
A escuridão me cegara , tentei ascender o resto da vela que se encontrava ali, a chuva não permitia, por um segundo pude olhar para as minhas mãos, ate então vinha escondendo-as de mim mesma.
Encostei-me tumulo da minha vitima e pôs me a observa-las...
Debaixo das minhas unhas havia terra, mal conseguia move-las, não tinha noção do quanto à morte pesava.
Balancei a cabeça como se faz quando quer esquecer algo, e cavava, estava tomada por aquela fúria que me fez mata-lo, mas agora queria traze-lo de volta.
Alcancei-o, abracei-o com força inimaginável, trazendo-o ate meu peito.
E você parado... Imóvel... Com cheiro de rosas saindo pelos poros.
Diga-me algo, por que esta indiferença comigo agora ?
Eu vim ate aqui para revive-lo, e você nem ao menos olha nos meus olhos, vamos, diga algo, ou não, não diga e não faça nada, fique assim... Deitado no meu colo.
Seu corpo já começara a perder o aspecto da vida, mas aqui no mundo dos mortos, você era o mais vivo.
Eu vim com um propósito, traze-lo de volta, e ficarei aqui esperando que abra os olhos.
O cansaço me dominava neste momento, as dores eram mais intensas agora, não conseguia fechar os olhos, apóie-me no que se encontrava atrás de mim e puxei levemente seu corpo para ficar mais confortável no meu colo.
Por que por varias vezes tentamos matar aquele que amamos?
Ou matamos.... Ou permitimos que nos matem lentamente a cada dia.
Estou cansada, as mãos calejadas, os joelhos esfolados, e louca, não conseguia distinguir o certo do errado.
Uma de minhas mãos doía mais que a outra, talvez estivesse firmando todo eu peso nela, já estava dormente, precisei troca-la de posição, ao levanta-la trouxe uma rosa que havia ficando seus espinhos nela, (defuntos sempre são presenteados com flores, não sei por que, deve ser por que as flores demonstram tanta vitalidade quando ainda nas roseiras, e depois de cortadas vão murchando, tendo um fim deprimente, assim como nossos corpos) junto com a rosa a confirmação de sua traição, quem deixou a rosa quis dar seu ultimo Adeus, e deixou bem claro nas palavras redigidas, borradas agora pela chuva, mas pude ler.
Em um ritmo lento e indesejado; fiquei pensando nas dores que me causaste!
A tua mentira me consola, bateu em silencio, mas não me conforma, e neste exato momento você retomava a cor da pele, definitivamente eu estava trazendo você de volta, era o que eu mais queria, foi o que me fez chegar ate aqui, agir sem escrúpulos, me sangrar, deixar os vermes me consumirem, por um remoto segundo pensei ter inventado meu pecado.
Odiei-lhe.
Eu quis mata-ló...
Emocoes, decepções de vivencias do meu dia-a-dia, estavam agora em pé á minha frente, também se encontravam no mundo dos mortos, e eu ás tentava trazer juntamente com voce, e porque?
Não quria mais ficar ali, não queria mais respostas, com o resto das forças que eu ainda tinha, empurrei-o de volta para sua cova, e agora mais que nunca, movida pelo odio enterrava-te, matei, fiz tudo para trazer-lhe á vida novamente, e quando seus pulsos já voltavam, concordo que muito fraco, voce tenta matar-me.
Despida de desilusões, coroada com a súbita lucidez, com direito próprio dada-me pelas almas errantes da morte, saio daquele lugar.
Falsa liberdade conquistada, vazio interno como picadas de agulhas , esperei vagamente pelo lado errante, e agora nada mais espero.
Agarro-me porém á podridão da paz... "

Agda Alvares

7 de out. de 2003

Se você ama e não é amado,
se você deseja a paz e só vê guerra,
se você sonha com a harmonia e só assiste a confrontos,
se você quer saúde e só vive com dores,
se você tem lindos sonhos e vive de pesadelos,
se você quer dormir e passa a noite acordado,
se você conquista e logo perde,
se você estuda mas não aprende,
se você trabalha e não prospera,
se você quer amigos e só tem colegas,
se você quer alegria e só chora,
se você não consegue mais acreditar em nada,
se a sua fé virou objeto esquecido,
se você virou uma peça de decoração na sala da sua casa,
se você até pensou em terminar com tudo,
se você já até achou que a morte seria a solução,
Aprende de Mim que sou manso e justo,
e que meu fardo é leve,
Vinde a Mim, todos vocês,
que estão cansados e oprimidos,
que ainda hoje,
Eu vos aliviarei, e suas feridas secarão,
seu coração se encherá de amor,
e serei teu verdadeiro amigo,
segurarei na tua mão e não te soltarei,
te darei a direção segura,
porque Eu sou o início e o fim,
o Alfa e o Õmega,
o caminho, a Verdade e a vida,
e vim para que todos, sem excessão,
tenham vida, e vida com abundância.

Vem! Me dá a sua mão,
entrega sua vida nas mãos do meu Pai,
e Eu te conduzirei pelos caminhos da eternidade,
onde o sonho está apenas começando e a alegria é o seu
passaporte.