AMAR
Carlos Drumond de Andrade
Que pode uma criatura senão
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de
[rapina]
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuição pelas coiass pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
É irônico o que se pode fazer por muitas pessoas, e não conseguimos fazer absolutamente nada por uma só..
7 de mai. de 2002
Quem é você ?
Quem silencia minha noite ?
Faz madrugada meus
pensamentos ?
Quem amanhece meu dia ?
E torna-me escuridão ?
Quem sinto desconhecer meus
sonhos ?
Que neles imagino quem é...
Neles vagam meus pensamentos
Onde, novamente, volto a te
imaginar...
Quem é você que fere, e em
presença, traz a paz ?
Quem é você que cala, e em
silêncio, é amor ?
Quem é você que entra, e de mim, pleno me faz ?
Ainda que não o vejo, sinto !
Ainda que não o conheço, amo !
Ainda que não me fale, pergunto :
Quem é você ?
Quem silencia minha noite ?
Faz madrugada meus
pensamentos ?
Quem amanhece meu dia ?
E torna-me escuridão ?
Quem sinto desconhecer meus
sonhos ?
Que neles imagino quem é...
Neles vagam meus pensamentos
Onde, novamente, volto a te
imaginar...
Quem é você que fere, e em
presença, traz a paz ?
Quem é você que cala, e em
silêncio, é amor ?
Quem é você que entra, e de mim, pleno me faz ?
Ainda que não o vejo, sinto !
Ainda que não o conheço, amo !
Ainda que não me fale, pergunto :
Quem é você ?
6 de mai. de 2002
LUA ADVERSA
Tenho fases, como a Lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida !
Perdição da vida minha !
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Nao me encontro com ninguém
(tenho fases como a Lua...)
No dia de alguém ser meu
nao é dia de eu ser sua...
E quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Cecília Meireles
( realmente este poema diz muito sobre mim )
Tenho fases, como a Lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida !
Perdição da vida minha !
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Nao me encontro com ninguém
(tenho fases como a Lua...)
No dia de alguém ser meu
nao é dia de eu ser sua...
E quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Cecília Meireles
( realmente este poema diz muito sobre mim )
Hei, mãe, eu tenho uma guitarra elétrica
Durante muito tempo, isso foi tudo o que eu queria ter
Mas, hei, mãe, alguma coisa ficou pra trás
Antigamente eu sabia exatamente o que fazer
Hei, mãe, tenho uns amigos tocando comigo
Eles são legais, além do mais não querem nem saber
Mas, agora, lá fora, todo mundo é uma ilha
Há milhas e milhas e milhas de qualquer lugar
Nessa terra de gigantes
Eu sei, já ouvimos tudo isso antes
juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes
As revistas, as revoltas, as conquistas da juventude
São heranças, são motivos pras mudanças de atitude
Os discos, as danças, os riscos da juventude cara limpa, a roupa suja esperando que o tempo mude
Nessa terra de gigantes
Tudo isso já foi dito antes
juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes
Hei, mãe, já não esquento a cabeça
Durante muito tempo isso foi só o que eu podia fazer
Mas hei, hei, mãe por mais que a gente cresça
Há sempre coisas que a gente não pode entender
Por isso, mãe, só me acorda quando o sol tiver se posto
Eu não quero ver meu rosto antes de anoitecer
Pois agora, lá fora, o mundo todo é uma ilha
Há milhas e milhas e milhas...
Nessa terra de gigantes
Que trocam vidas por diamantes
A juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes
Nessa terra de gigantes
Que trocam vidas por diamantes
A juventude é uma banda numa propaganda de refrigerante
Durante muito tempo, isso foi tudo o que eu queria ter
Mas, hei, mãe, alguma coisa ficou pra trás
Antigamente eu sabia exatamente o que fazer
Hei, mãe, tenho uns amigos tocando comigo
Eles são legais, além do mais não querem nem saber
Mas, agora, lá fora, todo mundo é uma ilha
Há milhas e milhas e milhas de qualquer lugar
Nessa terra de gigantes
Eu sei, já ouvimos tudo isso antes
juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes
As revistas, as revoltas, as conquistas da juventude
São heranças, são motivos pras mudanças de atitude
Os discos, as danças, os riscos da juventude cara limpa, a roupa suja esperando que o tempo mude
Nessa terra de gigantes
Tudo isso já foi dito antes
juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes
Hei, mãe, já não esquento a cabeça
Durante muito tempo isso foi só o que eu podia fazer
Mas hei, hei, mãe por mais que a gente cresça
Há sempre coisas que a gente não pode entender
Por isso, mãe, só me acorda quando o sol tiver se posto
Eu não quero ver meu rosto antes de anoitecer
Pois agora, lá fora, o mundo todo é uma ilha
Há milhas e milhas e milhas...
Nessa terra de gigantes
Que trocam vidas por diamantes
A juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes
Nessa terra de gigantes
Que trocam vidas por diamantes
A juventude é uma banda numa propaganda de refrigerante
A PORTA DO MEDO
Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto.
Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros em um canto e uma imensa porta de ferro do outro, a qual haviam gravadas figuras de caveiras cobertas por sangue.
Nesta sala ele os fazia ficar em círculo, e então dizia:
"Vocês podem escolher morrer flechados por meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados".
Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.
Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:
* Senhor, posso lhe fazer uma pergunta? * Diga, soldado.
* O que havia por de trás de assustadora porta? * Vá e veja.
O soldado então a abre vagarosamente, e percebe que a medida que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente, até que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade.
O soldado admirado apenas olha seu rei, que diz:
* Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.
Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar?
Quantas vezes perdemos a liberdade e morremos por dentro, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?
Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto.
Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros em um canto e uma imensa porta de ferro do outro, a qual haviam gravadas figuras de caveiras cobertas por sangue.
Nesta sala ele os fazia ficar em círculo, e então dizia:
"Vocês podem escolher morrer flechados por meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados".
Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.
Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:
* Senhor, posso lhe fazer uma pergunta? * Diga, soldado.
* O que havia por de trás de assustadora porta? * Vá e veja.
O soldado então a abre vagarosamente, e percebe que a medida que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente, até que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade.
O soldado admirado apenas olha seu rei, que diz:
* Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.
Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar?
Quantas vezes perdemos a liberdade e morremos por dentro, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?
Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguem pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano. Pôr um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento
2 de mai. de 2002
Álvaro de Campos
--------------------------------------------------------------------------------
Começo a conhecer-me. Não existo.
Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.
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Começo a conhecer-me. Não existo.
Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.
Quando...
Quando você busca por soluções e respostas e elas
custam a surgir,
Quando à sua volta tudo parecer conspirar para
impedi-lo de caminhar na direção que você escolheu,
Não brigue contra o mundo.
Esta luta contra obstáculos maiores que você fará
com que suas forças sejam desperdiçadas.
Canalize suas energias na busca de uma solução
que seja a um só tempo, criativa e individual.
Seja ousado e não tenha medo de ouvir seu próprio
coração.
Dentro dele estão todas as respostas que você
procura.
E estas respostas serão as mais oportunas e as
que melhores resultados trarão, porque se somos guiados pelo nosso
coração podemos estar certos de que encontraremos paz interior e a
partir daí todos os obstáculos serão encarados como desafios a serem
superados e não mais como situações intransponíveis.
Quando você busca por soluções e respostas e elas
custam a surgir,
Quando à sua volta tudo parecer conspirar para
impedi-lo de caminhar na direção que você escolheu,
Não brigue contra o mundo.
Esta luta contra obstáculos maiores que você fará
com que suas forças sejam desperdiçadas.
Canalize suas energias na busca de uma solução
que seja a um só tempo, criativa e individual.
Seja ousado e não tenha medo de ouvir seu próprio
coração.
Dentro dele estão todas as respostas que você
procura.
E estas respostas serão as mais oportunas e as
que melhores resultados trarão, porque se somos guiados pelo nosso
coração podemos estar certos de que encontraremos paz interior e a
partir daí todos os obstáculos serão encarados como desafios a serem
superados e não mais como situações intransponíveis.
"...Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança.
De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada.
Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
ENLOU-CRESÇA. "
(Carlos Drummond de Andrade)
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança.
De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada.
Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
ENLOU-CRESÇA. "
(Carlos Drummond de Andrade)
Belissima pag com poemas do Fernando Pessoa e outros.
Ah ! A Angústia, A Raiva Vil, o Desespero
AH! A ANGÚSTIA, a raiva vil, o desespero
De não poder confessar
Num tom de grito, num último grito austero
Meu coração a sangrar!
Falo, e as palavras que digo são um som Sofro, e sou eu.
Ah! Arrancar à música o segredo do tom
Do grito seu!
Ah! Fúria de a dor nem ter sorte em gritar,
De o grito não ter
Alcance maior que o silêncio, que volta, do ar
Na noite sem ser!
Fernando Pessoa
Ah ! A Angústia, A Raiva Vil, o Desespero
AH! A ANGÚSTIA, a raiva vil, o desespero
De não poder confessar
Num tom de grito, num último grito austero
Meu coração a sangrar!
Falo, e as palavras que digo são um som Sofro, e sou eu.
Ah! Arrancar à música o segredo do tom
Do grito seu!
Ah! Fúria de a dor nem ter sorte em gritar,
De o grito não ter
Alcance maior que o silêncio, que volta, do ar
Na noite sem ser!

Fernando Pessoa
SONETO
Lábios que encontram outros lábios
num meio de caminho, como peregrinos
interrompendo a devoção, nem pobres
nem sábios numa embriaguez sem vinho:
que silêncio os entontece quando
de súbito se tocam e, cegos ainda,
procuram a saída que o olhar esquece
num murmúrio de vagos segredos?
É de tarde, na melancolia turva
dos poentes, ouvindo um tocar de sinos
escorrer sob o azul dos céus quentes,
que essa imagem desce de agosto, ou
setembro, e se enrola sem desgosto
no chão obscuro desse amor que lembro.
Lábios que encontram outros lábios
num meio de caminho, como peregrinos
interrompendo a devoção, nem pobres
nem sábios numa embriaguez sem vinho:
que silêncio os entontece quando
de súbito se tocam e, cegos ainda,
procuram a saída que o olhar esquece
num murmúrio de vagos segredos?
É de tarde, na melancolia turva
dos poentes, ouvindo um tocar de sinos
escorrer sob o azul dos céus quentes,
que essa imagem desce de agosto, ou
setembro, e se enrola sem desgosto
no chão obscuro desse amor que lembro.
Jardins de Pedra
Andando sobre os jardins de pedra...
Ela não consegue esquecer...
Toda a felicidade que ela já sentiu...
Mas que agora veio a padecer.
Caminhando sobre pensamentos...
Ela não consegue em pé ficar...
Pois o seu equilíbrio se foi...
E ela apenas pode lamentar.
Sozinha nos jardins de pedra...
Ao longe sua alma está a voar...
Para tentar encontrar uma razão...
Mas ela consegue apenas chorar.
Sentada nos jardins de pedra...
Com a chuva a lhe lavar...
Ela consegue dar um sorriso...
Pois sabe que um dia voltará a amar...
Andando sobre os jardins de pedra...
Ela não consegue esquecer...
Toda a felicidade que ela já sentiu...
Mas que agora veio a padecer.
Caminhando sobre pensamentos...
Ela não consegue em pé ficar...
Pois o seu equilíbrio se foi...
E ela apenas pode lamentar.
Sozinha nos jardins de pedra...
Ao longe sua alma está a voar...
Para tentar encontrar uma razão...
Mas ela consegue apenas chorar.
Sentada nos jardins de pedra...
Com a chuva a lhe lavar...
Ela consegue dar um sorriso...
Pois sabe que um dia voltará a amar...
1 de mai. de 2002
DECIFRA-ME...
Não venha me falar de razão,
Não me cobre lógica,
Não me peça coerência,
Eu sou pura emoção.
Tenho razões e motivações próprias,
Sou movido por paixão,
Essa é minha religião e minha ciência.
Não meça meus sentimentos,
Nem tente compará-los a nada,
Deles sei eu,
Eu e meus fantasmas,
Eu e meus medos,
Eu e minha alma.
Sua incerteza me fere,
Mas não me mata.
Suas dúvidas me açoitam,
Mas não deixam cicatrizes.
Não me fale de nuvens,
Eu sou Sol e Lua,
Não conte as poças,
Eu sou mar,
Profundo, intenso, passional.
Não exija prazos e datas,
Eu sou eterno e atemporal.
Não imponha condições,
Eu sou absolutamente incondicional.
Não espere explicações,
Não as tenho, apenas aconteço,
Sem hora, local ou ordem.
Vivo em cada molécula,
Sou o todo e sou uno,
Você não me vê,
Mas me sente.
Estou tanto na sua solidão,
Quanto no meu sorriso.
Vive-se por mim,
Morre-se por mim,
Sobrevive-se sem mim.
Eu sou começo e fim,
E todo o meio.
Sou seu objetivo,
Sua razão que a razão
Ignora e desconhece.
Tenho milhões de definições,
Todas certas,
Todas imperfeitas,
Todas lógicas apenas
Em motivações pessoais,
Todas corretas,
Todas erradas.
Sou tudo,
Sem mim, tudo é nada.
Sou amanhecer,
Sou Fênix,
Renasço das cinzas,
Sei quando tenho que morrer,
Sei que sempre irei renascer.
Mudo protagonista,
Nunca a história.
Mudo de cenário,
Mas não de roteiro.
Sou música,
Ecôo, reverbero, sacudo.
Sou fogo,
Queimo, destruo, incinero.
Sou água,
Afogo, inundo, invado.
Sou tempo,
Sem medidas, sem marcações.
Sou clima,
Proporcional a minha fase.
Sou vento,
Arrasto, balanço, carrego.
Sou furacão,
Destruo, devasto, arraso.
Mas sou tijolo,
Construo, recomeço...
Sou cada estação,
No seu apogeu e glória.
Sou seu problema
E sua solução.
Sou seu veneno
E seu antídoto
Sou sua memória
E seu esquecimento.
Eu sou seu reino, seu altar
E seu trono.
Sou sua prisão,
Sou seu abandono e
Sou sua liberdade.
Sua luz,
Sua escuridão
E seu desejo de ambas,
Velo seu sono...
Poderia continuar me descrevendo
Mas já te dei uma idéia do que sou.
Muito prazer, tenho vários nomes,
Mas aqui, na sua terra,
Chamam-me de AMOR.
Não venha me falar de razão,
Não me cobre lógica,
Não me peça coerência,
Eu sou pura emoção.
Tenho razões e motivações próprias,
Sou movido por paixão,
Essa é minha religião e minha ciência.
Não meça meus sentimentos,
Nem tente compará-los a nada,
Deles sei eu,
Eu e meus fantasmas,
Eu e meus medos,
Eu e minha alma.
Sua incerteza me fere,
Mas não me mata.
Suas dúvidas me açoitam,
Mas não deixam cicatrizes.
Não me fale de nuvens,
Eu sou Sol e Lua,
Não conte as poças,
Eu sou mar,
Profundo, intenso, passional.
Não exija prazos e datas,
Eu sou eterno e atemporal.
Não imponha condições,
Eu sou absolutamente incondicional.
Não espere explicações,
Não as tenho, apenas aconteço,
Sem hora, local ou ordem.
Vivo em cada molécula,
Sou o todo e sou uno,
Você não me vê,
Mas me sente.
Estou tanto na sua solidão,
Quanto no meu sorriso.
Vive-se por mim,
Morre-se por mim,
Sobrevive-se sem mim.
Eu sou começo e fim,
E todo o meio.
Sou seu objetivo,
Sua razão que a razão
Ignora e desconhece.
Tenho milhões de definições,
Todas certas,
Todas imperfeitas,
Todas lógicas apenas
Em motivações pessoais,
Todas corretas,
Todas erradas.
Sou tudo,
Sem mim, tudo é nada.
Sou amanhecer,
Sou Fênix,
Renasço das cinzas,
Sei quando tenho que morrer,
Sei que sempre irei renascer.
Mudo protagonista,
Nunca a história.
Mudo de cenário,
Mas não de roteiro.
Sou música,
Ecôo, reverbero, sacudo.
Sou fogo,
Queimo, destruo, incinero.
Sou água,
Afogo, inundo, invado.
Sou tempo,
Sem medidas, sem marcações.
Sou clima,
Proporcional a minha fase.
Sou vento,
Arrasto, balanço, carrego.
Sou furacão,
Destruo, devasto, arraso.
Mas sou tijolo,
Construo, recomeço...
Sou cada estação,
No seu apogeu e glória.
Sou seu problema
E sua solução.
Sou seu veneno
E seu antídoto
Sou sua memória
E seu esquecimento.
Eu sou seu reino, seu altar
E seu trono.
Sou sua prisão,
Sou seu abandono e
Sou sua liberdade.
Sua luz,
Sua escuridão
E seu desejo de ambas,
Velo seu sono...
Poderia continuar me descrevendo
Mas já te dei uma idéia do que sou.
Muito prazer, tenho vários nomes,
Mas aqui, na sua terra,
Chamam-me de AMOR.
30 de abr. de 2002
Frejat
(Cazuza)
Eu quero a sorte de um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida
No embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nesta vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nesta vida
E algum veneno anti-monotonia
E se achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio o mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão
E a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nesta vida
E algum remédio que me dê alegria
(Cazuza)
Eu quero a sorte de um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida
No embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nesta vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nesta vida
E algum veneno anti-monotonia
E se achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio o mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão
E a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nesta vida
E algum remédio que me dê alegria
28 de abr. de 2002
Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas,
só as de verão.
Mas no fundo isso não tem importância.
O que interessa mesmo
não são as noites em si,
são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre.
Em todos os lugares,
em todas as épocas do ano,
dormindo ou acordado.
(Shakespeare)
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