27 de jun. de 2003

Tribalistas

"eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também".
A maioria das vezes não queremos ser de ninguém, mas queremos que alguém seja nosso.
Conhecer a delícia de assistir um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer boa noite, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter alguém para amar
Já dizia o poeta que "amar se aprende amando"
Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos. E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento... É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.


Ser de todo mundo, não ser de ninguém, é o mesmo que não ter ninguém também... E não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão.



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