3 de fev. de 2002



Conto de Fadas


Eu trago-te nas mãos o esquecimento
Das horas más que tens vivido, Amor!
E para as tuas chagas o unguento
Com que sarei a minha própria dor.


Os meus gestos são ondas de Sorrento...
Trago no nome as letras duma flor...
Foi dos meus olhos garços que um pintor
Tirou a luz para pintar o vento...


Dou-te o que tenho: o astro que dormita,
O manto dos crepúsculos da tarde,
O sol que é de oiro, a onda que palpita.


Dou-te, comigo, o mundo que Deus fez!
- Eu sou Aquela de quem tens saudades,
A princesa do conto: "Era uma vez...

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