27 de jan. de 2002



Barrow-on-Furness


Sou vil , sou reles, como toda gente ,
Não tenho idéias , mas não os tem ninguém .
Quem diz que os tem é como eu , mas mente.
Quen diz que busca é porque não os tem .



È com a imaginação que eu amo o bem .
Meu baixo ser não porém não me consome .
Passo , fantasmas do meu ser presente ,
Èbrio , por intervalos , de um Além .





Como todos não creio no que creio ,
Talvez possa morrer por este ideal .
Mas enquanto não morro falo e leio .



Justificar-me ? Sou quem todos são...
Modificar-me?Para ser igual ?...
-Acaba lá com isso, ó coração !


Àlvaro de Campos


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